Renault não acredita num futuro diesel
A Renault acredita que a motorização diesel tem os dias contados num futuro próximo. De acordo com as conclusões sobre os custos inerentes à redução de emissões de poluentes, na sequência do escândalo protagonizado pela Volkswagen, foi analisada a estratégia para o futuro e os investimentos exigidos foram considerados demasiado elevados.
É verdade que os motores diesel são mais eficientes em muitos casos, mas também são mais caros de produzir devido à tecnologia que lhes está associada. A Renault considera que para lá de 2020, quando se alterarem as normas das emissões, os custos vão condicionar os motores diesel, pelo menos nos veículos das gamas inferiores, a começar pelo segmento onde pontua o Clio, mas o efeito também pode chegar à gama Mégane.
Estamos a falar de um tema muito sensível porque tem um peso muito importante no mercado, tanto mais que cerca de 60 por cento das vendas são diesel.
O "dieselgate" protagonizado pelo Grupo Volkswagen veio mostrar que as emissões de NOx anunciadas são significativamente inferiores às registadas numa utilização dia-a-dia e os custos da instalação de sistemas de regulação capazes de inverter esta situação são demasiado onerosos, pelo que se pensa que muitos construtores possam abandonar os motores diesel até 2025.